Verde Folha
De repente, olhando em seus olhos verde folha, pude finalmente compreender que aquele que eu amava estava morto. Então, eu chorei. Eu pranteei meu luto até sentir-me secar de qualquer lágrima. Eu compreendi o real sentimento de perder algo precioso. Perdi, junto com o brilho naqueles olhos, sonhos, planos, esperança...
Não se pode ressuscitar os mortos. Eu sabia que sofreria com a falta daquele pedaço de meu ser até o último dia de minha vida, mas a vida seguiria seu curso. Eu estava viva.
Então olhei novamente em seus olhos verde-folha, e pude finalmente perceber que aquele que amei não havia morrido. Ele nunca existiu senão em meu coração, em minha fértil realidade interior.
Aqueles olhos verde folha, nada mais eram senão janelas de uma realidade só existente para mim, e o brilho que via neles, nada mais eram, senão reflexo e meus próprios olhos.
Os olhos... são capazes de ver, apenas o que queremos ver...
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Diário Literário - O Livro das Fadas Prensadas
Último livro para o Desfio Literário 2013 do mês de fevereiro (minhas últimas escolhas: Cabeça de Vento, A Irmandade das Calças Viajantes, Sendo Nikki e O Segundo Verão da Irmandade), o mês dos livros que nos fazem rir (na verdade estou lendo O Restaurante no fim do universo, mas não irei terminá-lo hoje, então...)
Na verdade, não escolhi esse livro para o desafio em especial, o que aconteceu foi que topei com esse livro e ele me despertou a atenção! Tem uma encadernação belíssima, papel de excelente qualidade e imagens fantásticas. Sendo um livro curto, acabei por começar a folheá-lo e quando me dei conta, havia terminado!
O livro das Fadas Prensadas de Lady Cottington
O livro é narrado na forma de diário e quem o escreve é Angélica Cottington, uma garota capaz de ver fadas. Começamos a acompanhá-la aos seus oito anos, época em que prensa sua primeira fada. Isso mesmo, prensa! Sabe aquele hábito antigo de se prensar flores entre livros para secá-las? Então, Angélica faz exatamente isso com fadas! Ela descobre que, ao fechar seu livro com uma fada dentro e prensá-lo com força, a fada fica presa à folha, como uma flor prensada!
No início do diário a narrativa de angélica é pobre e cheia de erros caligráficos, porém conforme vai amadurecendo sua escrita vai também evoluindo, eu achei este detalhe muito interessante. Seguimos acompanhando Angélica em suas peripécias enquanto ia interagindo com as fadas e como as fadas foram tornando-se um incômodo para ela. Conforme Angélica amadurece, também começa a perceber que este ato de prensar as fadas é violento e malvado, e começa a sentir-se culpada. Porém jamais consegue abandonar o hábito, basta ver uma fada voando ao seu redor para "PLAFT" esmagá-la em sua coleção.
O livro é todo ponteado por ilustrações de suas fadas prensadas. Não era nada do que eu esperava! Mesmo assim, foi um livro hilariante, com suas ilustrações cômicas e as histórias mais sem noção de Angélica Cottingan.
O livro das Fadas Prensadas de Lady Cottingan
Autor: Terry Jones
Editora: Nobel
ISBN.: 8527902990
N° de Págs.: 63
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Na verdade, não escolhi esse livro para o desafio em especial, o que aconteceu foi que topei com esse livro e ele me despertou a atenção! Tem uma encadernação belíssima, papel de excelente qualidade e imagens fantásticas. Sendo um livro curto, acabei por começar a folheá-lo e quando me dei conta, havia terminado!
O livro das Fadas Prensadas de Lady Cottington
O livro é narrado na forma de diário e quem o escreve é Angélica Cottington, uma garota capaz de ver fadas. Começamos a acompanhá-la aos seus oito anos, época em que prensa sua primeira fada. Isso mesmo, prensa! Sabe aquele hábito antigo de se prensar flores entre livros para secá-las? Então, Angélica faz exatamente isso com fadas! Ela descobre que, ao fechar seu livro com uma fada dentro e prensá-lo com força, a fada fica presa à folha, como uma flor prensada!
No início do diário a narrativa de angélica é pobre e cheia de erros caligráficos, porém conforme vai amadurecendo sua escrita vai também evoluindo, eu achei este detalhe muito interessante. Seguimos acompanhando Angélica em suas peripécias enquanto ia interagindo com as fadas e como as fadas foram tornando-se um incômodo para ela. Conforme Angélica amadurece, também começa a perceber que este ato de prensar as fadas é violento e malvado, e começa a sentir-se culpada. Porém jamais consegue abandonar o hábito, basta ver uma fada voando ao seu redor para "PLAFT" esmagá-la em sua coleção.
O livro é todo ponteado por ilustrações de suas fadas prensadas. Não era nada do que eu esperava! Mesmo assim, foi um livro hilariante, com suas ilustrações cômicas e as histórias mais sem noção de Angélica Cottingan.
O livro das Fadas Prensadas de Lady Cottingan
Autor: Terry Jones
Editora: Nobel
ISBN.: 8527902990
N° de Págs.: 63
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
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Diário Literário - O Guia do Mochileiro das Galáxias
Mais um livro para o Desafio Literário 2013 do mês, com o tema, livros que nos façam rir. Admito que minhas últimas escolhas: Cabeça de Vento, A Irmandade das Calças Viajantes, Sendo Nikki e O Segundo Verão da Irmandade. Não foram livros que me fizeram gargalhar durante a leitura. Todos eles tiveram sim, seus momentos de risada, mas não de chorar de tanto rir. Então resolvi apelar!
Houve momentos da leitura em que tive de voltar, e reler várias vezes o mesmo parágrafo, para então entender que não era mesmo compreensível. Eu fiquei na dúvida diversas vezes se o autor sabia exatamente o que estava falando, ou não tinha realmente a menor noção! Então fiquei em dúvida se Adams foi realmente um grande gênio ou um idiota muito sortudo. Confesso que em alguns momentos desconfiei de que o próprio Adams fosse um alienígena Betelguseano! Ele descreve o universo e tudo o mais com propriedade de quem já esteve lá!
Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Ano: 2010
ISBN.: 978-85-999-77-63
Nº de Págs.: 270
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O Guia do Mochileiro das Galáxias
O que dizer, sobre o guia do Mochileiro das Galáxias? É um livro, sobre um livro! E também é uma história sobre a destruição da terra e de um experimento científico! E também é a História de Arthur Dent, inglês comum, e último espécime terráqueo vivo do universo, na aventura mais improvável que poderia lhe acontecer, a bordo da nave Coração de Ouro, em companhia da tripulação mais lunática jamais vista!
Houve momentos da leitura em que tive de voltar, e reler várias vezes o mesmo parágrafo, para então entender que não era mesmo compreensível. Eu fiquei na dúvida diversas vezes se o autor sabia exatamente o que estava falando, ou não tinha realmente a menor noção! Então fiquei em dúvida se Adams foi realmente um grande gênio ou um idiota muito sortudo. Confesso que em alguns momentos desconfiei de que o próprio Adams fosse um alienígena Betelguseano! Ele descreve o universo e tudo o mais com propriedade de quem já esteve lá!
Descobri muitas coisas importantes e essenciais lendo o Guia do Mochileiro das Galáxias:
1° - NÃO ENTRE EM PÂNICO!
2° - A resposta para a vida o universo e tudo o mais é 42.
3° - Saiba sempre onde está a sua toalha!
São lições que levarei com certeza para toda a vida! ^_~
O livro traz uma forte crítica às superficialidades da vida contemporânea, colocando os valores sociais, econômicos e políticos em uma perspectiva galática, e de forma hilária e um tanto nonsense, acaba por ridicularizar a nossa sociedade como um todo!
O Guia do Mochileiro das GaláxiasO livro traz uma forte crítica às superficialidades da vida contemporânea, colocando os valores sociais, econômicos e políticos em uma perspectiva galática, e de forma hilária e um tanto nonsense, acaba por ridicularizar a nossa sociedade como um todo!
Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Ano: 2010
ISBN.: 978-85-999-77-63
Nº de Págs.: 270
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Ann Brashares,
As Calças Viajantes,
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Diário Literário - O Segundo Verão da Irmandade
Em meu 4º livro para o Desafio Literário 2013 deste mês de fevereiro, escolhi seguir com a história das meninas que partilhavam a magia de um jeans viajante.
O Segundo Verão da Irmandade
Como já conhecemos A Irmandade de Jeans Viajante, já conhecemos as meninas, já conhecemos suas personalidades e suas peculiaridades, por isso, acredito, temos neste segundo livro uma história muito mais dinâmica, que não se prende às apresentações. Já somos todas amigas!^_~
O Segundo Verão da Irmandade
Autor: Ann Brashares
Editora: Rocco
Ano: 2004
ISBN: 8532517145
Nº de Págs.: 408
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Mês de fevereiro do Desafio, é o mês dos livros que nos façam rir!
O Segundo Verão da Irmandade
Como já conhecemos A Irmandade de Jeans Viajante, já conhecemos as meninas, já conhecemos suas personalidades e suas peculiaridades, por isso, acredito, temos neste segundo livro uma história muito mais dinâmica, que não se prende às apresentações. Já somos todas amigas!^_~
O verão se aproxima novamente e elas estão ansiosas para saber como será o segundo verão das calças!
Lena continua se remoendo, mesmo depois de quase um ano, o término do namoro com Kostos, provocado por ela mesma, por não se sentir capaz de suportar a dor da distância, porém Lena não consegue deixar de amá-lo, e não consegue deixar de sofrer por não poderem estar juntos.
Bee, se perdeu um bocado de si mesma depois do último verão, abandonou o futebol, pintou o cabelo, ganhou peso. Porém ela sente que precisa se encontrar, e é buscando por si mesma que ele decide ir "re"-conhecer a avó materna, a quem ela não vê desde os seus 5 anos, e de quem seu pai desencorajou o contato após a morte de sua mãe. Bridget chega à cidade fingindo ser outra pessoa e se oferece para trabalhar na casa da avó. Mergulhando no passado da mãe, Bridget acaba por encontrar a si mesma, e o que parecia ser um problema do verão passado, acaba por mostrar-se uma ferida muito mais profunda!
Tibby ainda não superou a tragédia pela qual passou no verão passado. Sua melhor forma de lidar com a dor foi evitar totalmente o assunto Bailey. Ela está indo para uma oficina de cinema, ela recebe a tarefa de fazer um vídeo biográfico durante o verão, e apresentá-lo em um festival. A primeira idéia que surge na mente de Tibby é Bailey, porém ela se acovarda, não se sente capaz de enfrentar os fatos ocorridos no verão passado. Então decide fazer um vídeo comédia sobre sua mãe e seus irmãos. Tibby precisará "mergulhar na lama" e sentir vergonha de si mesma, para lembra-se do que jamais poderia esquecer.
Carmen continua chata, as narrativas dela são um pouco cansativas por que a linha de pensamento dela é um pouco superficial. Mas Carmen tem um bom coração, apesar de ser um pouco egoísta e mimada. Ela tem de aprender a lidar com o ciúme de sua mãe, por estar em um relacionamento novo e feliz.
A narrativa, assim como no primeiro volume da série, é narrada me terceira pessoa, intercalando as aventuras das quatro meninas com as cartas que elas trocam durante o verão. Muito me impressiona o carinho com que a autora consegue dispensar à todas as quatro, sem privilegiar nem uma delas! Elas dividem o livro e a história, em perfeita harmonia! Como boas amigas, elas não brigam pelo papel principal.
O livro traz uma bela mensagem de amizade e de amadurecimento. Acompanhamos meninas se tornando moças e moças se tornando mulheres, porém sem nunca perder sua essência e sem jamais abandonar suas raízes.
O Segundo Verão da Irmandade
Autor: Ann Brashares
Editora: Rocco
Ano: 2004
ISBN: 8532517145
Nº de Págs.: 408
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Airhead,
Desafio Literário 2013,
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Diário Literário - Sendo Nikki
Meu terceiro livro do Desafio Literário 2013 de fevereiro, mês do riso. Até o momento, em termos de risada, este está levando a medalha de ouro! Veja as resenhas dos outros: A Irmandade das Calças Viajantes e Cabeça de Vento
Sendo Nikki
Em está tentando se adaptar à sua nova vida, tentando aprender a ser de fato uma super modelo, e dolorosamente tentando se desprender de sua antiga vida.
A história continua sendo narrada em primeira pessoa , por Em. Neste volume da série, a trama principal, que no primeiro volume esteve apenas no plano de fundo, se desenvolveu e se mostrou no centro do palco. Começamos a desvendar junto com Nikki / Em, a real trama de conspiração por traz das Indústrias Stark (Mega empresa multinacional para a qual Nikki trabalha, e a qual é responsáve por seu transplante de cérebro).
Achei o segundo volume ligeiramente melhor que o primeiro, justamente pelo fato de o desenvolvimento da história principal ter sido mais envolvente, embora Em, às vezes me dê nos nervos, e eu tenha vontade de esbofeteá-la!
O livro me arrancou ligeiramente mais risadas também do que o primeiro, porém nem de longe é tão divertido como os Diários da Princesa ou a Mediadora, mas também não é uma total perda de tempo!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Charlie's Booklist,
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Diário Literário - Por Favor, não Matem a Cotovia
Por Favor, não Matem a Cotovia
Curioso que o livro conta a história de como um garoto que quebrou o braço. Achei sim, curioso, pois que, no meio para o final do livro, já havia esquecido que a narrativa havia começado para contar ao leitor a história de um braço quebrado. Envolvente assim é esta história!
"A luz do dia... na minha mente a noite desaparecera. Era dia e a vizinhança agitava-se. Miss Stephanie Crawford atravessava a rua para contar as últimas a Miss Rachel. Miss Maudie inclinava-se sobre as suas azáleas. Era Verão e duas crianças corriam na direcção de um homem que se aproximava à distância. O homem acenava e as crianças faziam uma corrida para ver quem chegava primeiro.
Curioso que o livro conta a história de como um garoto que quebrou o braço. Achei sim, curioso, pois que, no meio para o final do livro, já havia esquecido que a narrativa havia começado para contar ao leitor a história de um braço quebrado. Envolvente assim é esta história!
Scout é nossa narradora, irmã de Jem, o garoto que quebraria o braço. Scout é uma doce menina de nove anos, muito a frente de seu tempo. Ela nos narra os acontecimentos de sua infância em primeira pessoa. Somos transportados para a infância ao ler a primeira metade deste livro, acompanhando Scout e seus melhores amigos Dill e Jem em suas brincadeiras e descobertas. E somos extraídos da infância na segunda parte dele, de maneira dolorosa. Scaut nos descreve o final de sua infância inocente e princípio de sua vida social, onde começa a entender os estratagemas e as hipocrisias da sociedade a qual está inserida. Acredito que seja justamente esta condução da história que tenha me levado a emoções extremas.
Dei muitas risas com Dill e Scout e suas molecagens, e chorei muito também com Scout e Jem, pelo fim da inocência, de descobrir que o mundo não era tão bom e justo quanto eles esperavam e quanto ele deveria ser. Foi de fato uma leitura profunda! Consigo compreender por que o livro se tornou um clássico. Ler este livro despertou em mim, diversas e contrastantes emoções. Houve determinado momento, durante a leitura em que pensei: "Que livro horrível". Pois que fez-me sentir muito mal. Retratando a forma como se instaurava o preconceito, como era tido como algo natural na sociedade... Causou-me repulsa e tive vontade de atirá-lo longe! Mas então, não era o livro a ser horrível e sim a sociedade, que de fato existiu, e que embora tenha evoluído muito, ainda existe.
O livro, é simplesmente belo.
Depois de ler esse livro, passei a considerar Harper Lee, uma mulher admirável, pois foi necessária muita coragem para escrevê-lo. Para desnudar a sociedade e esfregar-lhe à cara toda a sujeira escondida sob a bela fazenda. E foi necessária ainda maior coragem para publicá-lo.
"A luz do dia... na minha mente a noite desaparecera. Era dia e a vizinhança agitava-se. Miss Stephanie Crawford atravessava a rua para contar as últimas a Miss Rachel. Miss Maudie inclinava-se sobre as suas azáleas. Era Verão e duas crianças corriam na direcção de um homem que se aproximava à distância. O homem acenava e as crianças faziam uma corrida para ver quem chegava primeiro.
Ainda era Verão e as crianças aproximavam-se. Um rapaz caminhava lentamente pelo passeio, arrastando, atrás dele, uma cana de pesca. Um homem esperava por ele com as mãos à cintura. Era Verão e os seus filhos brincavam no pátio da frente com o amigo deles, encenando um bizarro dramalhão inventado por eles próprios.
Era Outono e os seus filhos lutavam no passeio, em frente à casa de Mrs. Dubose. O rapaz ajudou a sua irmã a levantar-se e foram para casa. Era Outono e os seus filhos andavam para trás e para a frente pelas esquinas, mostrando nos rostos os desaires e as vitórias do dia. Paravam junto de um carvalho, deliciadas, confusas e apreensivas.
Era Inverno e os seus filhos tremiam ao portão, silhuetas recortadas contra o braseiro de uma casa em chamas. Era Inverno e um homem caminhava pela rua, deixava cair os óculos e abatia um cão.
Era Verão e ele via os seus filhos de coração partido. Outra vez o Outono e as crianças do Boo precisavam dele.
O Atticus tinha razão. Certo dia disse que só conheceríamos realmente um homem quando calçássemos os seus sapatos e caminhássemos dentro deles. Para mim, estar na varanda dos Radleys foi o suficiente."
Por Favor não matem a Cotovia
Autor: Harper Lee
Editora: Difel (portuguesa)
Ano: 2003
ISBN: 9789722906838
Nº de Págs.: 400
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Ann Brashares,
As Calças Viajantes,
Desafio Literário 2013,
Desafios,
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Diário Literário - A Irmandade das Calças Viajantes
Fevereiro é o mês de dar risada no Desafio Literário 2013. Escolhi alguns títulos que me inspiraram graça mas, neste meu segundo livro do desafio (veja o primeiro aqui), não consegui muitas risadas... ¬¬ Talvez o problema seja eu...
"Era uma vez um par de calças. Era um par de calças básico - jeans, é claro, azul, mas não aquele azul duro, novo, que se vê no primeiro dia de aula. Era um azul suave, degradé com um cero desbotamento extra nos joelhos e no bumbum, além de ondinhas brancas nas dobras."
Tudo começou quando Carmen entrou em uma loja de roupas de segunda mão. Não costumava frequentar lojas de segunda mão, mas as calças estavam apenas três dólares. Não haviam de fato chamado a atenção de Carmen. Ela sequer se deu ao trabalho de experimentá-las. Guardou-as em algum canto do guarda-roupas, e lá elas esperaram.
Era uma vez também quatro amigas: Lena, Bridget, Tibby e Carmen. Elas já nasceram amigas, pois as mães, todas gestantes esperando bebês para setembro, frequentavam a mesma turma de ginástica para gestantes. As mães acabaram por se tornar amigas, e as crianças, que acabaram por nascer todas em um intervalo de 17 dias entre a primeira e a última, se tornaram amigas inseparáveis. Mas chegou então o verão. Aquele em que completariam 16 anos, e o momento de, pela primeira vez, se separarem.
Suas vidas e sua amizade sempre fora marcada pelos verões. Época em que estavam de férias, e faziam aniversários. Época em que passavam tanto tempo grudadas que esqueciam-se onde começava uma e terminava a outra. Mas no verão de seus 16° aniversários, tinham planos diferentes, pela primeira vez. Lena iria conhecer os avós paternos, na Grécia, onde passaria os dois meses de férias. Carmen passaria as férias na casa do pai, na Carolina do ?Sul. Seria a primeira vez desde que os pais se divorciaram, que o visitaria. Bridget fora convidada à um acampamento de futebol, em Baja na Califórnia. Tibby passaria as férias em casa, trabalhando em uma franquia de farmácia, estava terrivelmente deprimida. Na verdade, todas estavam.
Então, as calças apareceram. Tibby foi a primeira a vê-las, guardadas no armário de Carmen, disse que às queria e Carmen a autorizou a seguir em frente, então a mágica começou, embora Tibby fosse pequena, as calças caíram-lhe perfeitamente bem, caíram-lhe com leveza, sem parecerem grandes demais, valorizando as poucas curvas de seu corpo esguio. A seguinte foi Lena, experimentou-as e, embora fosse mais alta que Tibby e tivesse o quadril mais largo, as calças se ajustaram perfeitamente em seu corpo, como se fossem feitas para ela, entre surpresa e descrença, Lena passou as calças à Bridget. Bridget era a mais alta entre as garotas, embora seu corpo fosse atlético, era esguio nos quadris. A prova final seria Carmen. Carmen não era especialmente gorda, mas era de ascendência latina, o que a concedia um quadril privilegiado. Era certo que as calças não poderiam caber nela também, o que seria engraçado, visto que as calças eram dela! Mas couberam. Colaram-se a seus quadris como segunda pele, a deixando um pouco mais magra, mas ainda assim sensual. Estava provado. As calças eram mágicas!
Definiram então que a caça pertenceria a todas elas! Partilhariam as calças durante o verão, enviando de uma à outra. Seria uma maneira de estarem sempre juntas. Assim surgiu a irmandade das calças viajantes, e as regras que estabeleceram foi:
A partir daí então acompanhamos as calças e acompanhamos as meninas.
Lena, a sensata. É tímida e retraída, e linda. Ela carrega sua beleza como um fardo, como se o fato de ser bela impedisse as pessoas de a verem de verdade. Acho que de todas, foi com quem mais me identifiquei, embora possa verificar traços de minha personalidade em todas elas. Ela tem uma personalidade fechada, por vezes fechada até para si mesma, o que impossibilita de reconhecer os próprios sentimentos. Lena e a irmã mais nova, Effie vão passar suas férias de verão na Grécia, junto de seus avós paternos pela primeira vez. Somos levado por lena à cenários fantásticos em um pequeno vilarejo grego, onde Lena terá de lidar com um suposto pretendente arranjado por sua avó. seu hobby: Pintura em tela e desenho.
Bee, a vivaz. Ela é energica, de beleza exótica e cabelos cor de palha de milho. Sempre cheia de energia sempre sorrindo, demonstra muito poucas inseguranças e muito pouca prudência! É minha favorita. Acompanhamos a estrela do futebol tentando ganhar as atenções de um dos treinadores do acampamento, e ela promete que o terá até o final do verão. Seu Hobby: Futebol
Tibby, o patinho feio. Ela é fisicamente a menor do grupo, carrega um certo complexo de inferioridade para com as amigas, e por esse motivo guarda alguns segredos bobos que prefere não compartilhar com ninguém, como por exemplo o quanto ela ama o seu porquinho da índia. Acompanhamos Tibby em seu primeiro projeto de documentário, sobre pessoas esquisitas, onde acaba por conhecer muitas pessoas, mas principalmente, onde se aproxima de Bailey, uma garota de doze anos com leucemia, que acaba por se tornar sua assistente neste projeto. Seu hobby: Gravação, edição e montagem de vídeos.
Carmen é a chata. Nooossa, como ela é chata! É mimada ciumenta, egoísta e mesquinha! Tá legal, se você fosse convidada a passar as férias na casa do pai, pela primeira vez em anos, desde que os pais se divorciaram, e de repente chegasse lá e desse de cara com esposa nova e filhos novos, tipo: SURPRESAAAA!!! Isso poderia levar qualquer pessoa a beira da loucura! Mesmo assim, ela é chata. A linha de pensamento lógico dela é chata! Seu hobby: Moda (até o hobby dela é chato).
O livro é narrado intercalando as histórias das garotas com cartas que elas vão se trocando durante o verão, achei o estilo narrativo interessante e dinâmico. A história não foi engraçada como achei que seria, embora Bailey e Tibby tenham me arrancado algumas risadas, acredito que chorei com essas garotas muito mais do que ri. Chorei com Carma, chorei com Bee, chorei com Lena e chorei com Tib.
Mas a história toda é bela e bem construída. Mereceu muito bem o meu tempo! ^_~
Mas a história toda é bela e bem construída. Mereceu muito bem o meu tempo! ^_~
Autor: Ann Brashares
Editora: Rocco
Ano: 2009
ISBN.: 8532515118
N° de Págs.: 312
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sábado, 2 de fevereiro de 2013
Airhead,
Desafio Literário 2013,
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Meg Cabot,
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Diário Literário - Cabeça de Vento
Cabeça de Vento
Uma história típica da Meg Cabot! Os livros da Meg Cabot são ótimos livros para se recuperar de uma ressaca literária, o que foi justamente o motivo de eu ter escolhido este livro, por que depois de me afundar em Panem, fiquei quase tão "fora da casinha" quanto Peeta e Katniss.
E por que eles são bons curadores de ressaca? Por que são livros leves, geralmente curtos, geralmente engraçadas, com um enredo ligeiramente previsível, e exige pouquíssimo esforço para compreensão! Eu não estou criticando, nem censurando o estilo literário da Diva! Às vezes, uma história leve e com todos estes atributos descritos à cima é tudo de que precisamos! Como em uma ressaca literária!
Nossa personagem é Em Watts, Nova Yorkina, nerd, que se veste como um menino e nutre uma paixão secreta por seu melhor amigo. Tudo bem até aí, o plot é até bem clichê. Mas não sei por que essa história foi meio ruim de engolir... Você pode ser uma nerd Nova Yorkina impopular e de repente se descobrir a única descendente real de um principado europeu. Pode acontecer! E você pode estar atravessando a rua de Washington-DC e um belo dia salvar a vida do presidente! Não é impossível! E até acordar um belo dia e descobrir que é capaz de ver, ouvir bater e beijar os mortos. Eu posso engolir! E uma garota pode ser atingida por um raio e de repente ganhar super poderes. É um clichê! Então por que é que eu não consegui engolir essa história de transplante de cérebro??
Nossa personagem é Em Watts, Nova Yorkina, nerd, que se veste como um menino e nutre uma paixão secreta por seu melhor amigo. Tudo bem até aí, o plot é até bem clichê. Mas não sei por que essa história foi meio ruim de engolir... Você pode ser uma nerd Nova Yorkina impopular e de repente se descobrir a única descendente real de um principado europeu. Pode acontecer! E você pode estar atravessando a rua de Washington-DC e um belo dia salvar a vida do presidente! Não é impossível! E até acordar um belo dia e descobrir que é capaz de ver, ouvir bater e beijar os mortos. Eu posso engolir! E uma garota pode ser atingida por um raio e de repente ganhar super poderes. É um clichê! Então por que é que eu não consegui engolir essa história de transplante de cérebro??
É isso aí! Temos Emerson Watts, essa garota que é um "Tomboy" e não liga pra opinião alheia (a não ser a do Christopher, seu melhor amigo e paixão secreta). E temos Nikki Howord. Super modelo, mundialmente famosa, rica, e linda. Elas casualmente se cruzam durante a inauguração da Stark Megastore, uma loja daquele tipo que vende de tudo, de calibre multinacional, e a qual Nikki representa. Acontece que uma porção de coisas dá errado, e essas duas meninas totalmente diferentes acabam "morrendo" neste dia fatídico! Mas uma delas acorda! Em Watts acorda no corpo de Nikki Howord, após ter tido seu cérebro transplantado para o corpo da recém morta Nikki Howord, o que ela descobriu ser a única maneira de salvar sua vida, visto que seu corpo foi destruído. Porém, devido a clausulas contratuais aceitas por seus pais no momento da cirurgia, forçam Em a continuar vivendo a vida de Nikki! Isso implica abandonar sua antiga vida e seu melhor amigo!
Eu acho que não deixei claro que na verdade eu gostei do livro. Ele atendeu às minhas expectativas, e me deu exatamente o que eu esperava. É um livro narrado em primeira pessoa, cheio de romance e com o estilo narrativo engraçado de dentro do cérebro de uma adolescente, como só Meg Cabot consegue. Só o que eu não esperava é que ele terminasse no meio! Mas isso também não foi totalmente uma surpresa, visto que é uma trilogia.
É um bom livro pra ler sem compromisso e sem grandes expectativas.
Cabeça de Vento
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2010
ISBN.: 9788501083203
Nº de Págs.: 320
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Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2010
ISBN.: 9788501083203
Nº de Págs.: 320
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