Desafio Literário – Mar/12 – Serial Killer
O que é esse Desafio Literário?
Tudo sobre o desafio Literário.
Segundo livro, em atraso, com um serial killer selvagem, incomum e bestial: Albino.
Meu Livro nº 2 do Desafio Literário de Março A Trilogia da Tormenta I - O Inimigo do Mundo de Leonel Caldela da Editora Jambô.
O universo de Tormenta é um cenário de fantasia para uso em jogos de RPG, criado por Marcelo Cassaro, Rogério Saladino e J. M. Travisan. Foi apresentado em numerosos livros básicos, compatíveis com diversos sistemas de RPG. Desde 2005, o cenário é publicado pela Jambô Editora.
O palco principal do universo de Tormenta é o continente de Arton, é um universo completo, com sua estruturação política, seus reinados, sua geografia peculiar, sua própria história e seus Deuses próprios. É um universo tão complexo que é quase real. Como se espera de um universo ao estilo medieval, é um universo dotado de magias e mistérios.
Meu primeiro contato com o mundo de Arton, foi através dos Quadrinhos Holly Avenger, que acompanhei do começo ao fim, e amei cada volume. Desde então o mundo de Arton passou a ser algo fascinante para mim, também tive a oportunidade de ler outros quadrinhos ambientados neste mundo, mas é complicado para um não jogador como eu acompanhar este mundo, que é quase tão vivo com o nosso, e vai se alterando, evoluindo, crescendo, diminuindo, com o passar do tempo.
Mas, eis que surge O inimigo do mundo, primeiro Romance ambientado no universo de Tormenta e primeiro Romance da Trilogia de Tormenta. ^_^ Cá estou eu, devolta a Arton!
Ashlen Ironsmith, o ladino. Dono de uma lábia invencível e de um conhecimento impressionante de todos os reinos de Arton, ele pode enredar qualquer um em suas mentiras.
Andilla Dente-de-Ferro, a bárbara. Originária das terras geladas. Forte como um homem, sem deixar de ser bela. Selvagem e indomável.
Gregor Vahn, o paladino. Paladino de Tyatis, o deus da ressurreição, ele não pode ser morto em batalha. Na verdade ele morre, mas sempre ressuscita.
Masato Kodai, o estrangeiro. Um samurai tamuraniano (do reino de Tamu ra) e executor imperial. Encontra com o grupo em sua jornada e, como descobrem ter o mesmo objetivo, Kodai junta-se a equipe.
Nicaela, a curandeira. Uma semi-elfa, clériga de Lenna, a deusa da vida e como tal tem juramento com Lenna de jamais ferir alguém, nem mesmo em defesa própria. É a alma do grupo.
Artorius, o guerreiro. Minotauro, clérigo de Taouron o deus da força.
Vallen Alond, o líder. É astuto, brilhante, lindo e impulsivo. Extremamente leal, mesmo com quem não merece.
Elisa Thorn, a arqueira. Amante de Allen, ela é ágil, metódica e letal. Gosto bastante de sua personalidade, ela é sincera e atrevida. Áspera e cortante.
Masato Kodai, o estrangeiro. Um samurai tamuraniano (do reino de Tamu ra) e executor imperial. Encontra com o grupo em sua jornada e, como descobrem ter o mesmo objetivo, Kodai junta-se a equipe.
Nicaela, a curandeira. Uma semi-elfa, clériga de Lenna, a deusa da vida e como tal tem juramento com Lenna de jamais ferir alguém, nem mesmo em defesa própria. É a alma do grupo.
Artorius, o guerreiro. Minotauro, clérigo de Taouron o deus da força.
Vallen Alond, o líder. É astuto, brilhante, lindo e impulsivo. Extremamente leal, mesmo com quem não merece.
Elisa Thorn, a arqueira. Amante de Allen, ela é ágil, metódica e letal. Gosto bastante de sua personalidade, ela é sincera e atrevida. Áspera e cortante.
Rufus Domat, o mago. Não consigo odiá-lo. Por mais que ele se esforce e faça tudo, do começo ao fim da história para ser detestável, asqueroso, perdedor, burro e parasita. Consigo apenas ter pena dele, pois foi um personagem caricatamente criado para ser odiado. E isso me faz apenas ter pena dele. É como se o autor não tivesse dado a ele chance de ser outra coisa. Acho que também tem a ver com minha constante preferência pela personagem do mago em universos de RPG, seja em livros ou em jogos, e fiquei com um pouco de raiva de Caldela por ter feito um mago tão medíocre, quando o mago é um personagem com tanto potencial. Mas mesmo assim, não fui capaz de odiar Ruffus Domat.
Essa é a nossa companhia para essa aventura. Nossos aventureiros estão à caça de um assassino, cruel e de sangue frio, quase inumano. Um homem sem nome, extremamente alto, esguio com braços desproporcionalmente longos, cabelos e pele albina, olhos vermelhos cor de sangue e força descomunal. É chamado pelos aventureiros de Albino ou O Fugitivo.
Seguindo O estilo narrativo que adoro, aqui, acompanhamos 3 histórias paralelas:
Acompanhamos o grupo de guerreiros, como sendo a trama principal, no enlaço do Albino, atravessamos diversos reinos de Arton, enfrentando diversos contratempos e nos aventurando em algumas “masmorras”. Os reinos de Arton são ricamente bem desenvolvidos pelo autor, descrevendo de forma clara e prática os costumes e as diferenças de cada povo de Arton, sem permitir que a narrativa se torne maçante e ao mesmo tempo sem permitir que o leitor se sinta perdido.
Acompanhamos paralelamente o Albino, em sua peregrinação pelo mundo de Arton, “aprendendo” sobre a civilização e costumes desse povo, de uma maneira totalmente desprendida. Ele se mostra um ser cada vez mais estranho, e ao mesmo tempo, mostra que possui um objetivo não revelado.
Ao mesmo tempo em que os heróis seguem em seu objetivo e o Fugitivo segue em sua própria missão misteriosa, acompanhamos Glórien, deusa do elfos, buscando o auxílio dos outros deuses do panteão de Arton, buscando que permitam que venha “A Tempestade”, na tentativa de salvar seu povo de uma Guerra sanguinária que ameaça extinguir para sempre a raça élfica. Conseguimos vislumbrar alguns dos mundos dos Deuses e, simplesmente amei as descrições, amei os mundos apresentados, bem como os Deuses e suas personalidades tão bem marcadas.
Caldela mostra pleno conhecimento do universo de Arton e movimenta-se por ele como se estivesse em seu jardim. Constrói o até então desconhecido com muita harmonia e coerência. Mostra Arton de forma real, com sua face cruel e subversiva, muito diferente do que vemos em Holly Avanger.
Eu particularmente, demorei muito tempo para ler este livro, não me entenda mal, a narrativa é tão boa, que é quase asfixiante. O que acontece é que ele termina a mais ou menos 100 páginas do final. Não sei se deveria dizer isso, mas acontece que realmente me impressionou. Ele tem o final perfeito à 100 páginas do final e neste momento eu quis, realmente quis, guardar este momento precioso por mais um tempo, e me demorei a recomeçar dali. E, de certa forma, eu tinha razão para fazê-lo. De toda forma, para alguém que conhece, mesmo que de maneira rasa o universo da Tormenta, sabe que algumas coisas na trama são inevitáveis, visto que esta história se passa em um passado muito remoto de Arton, então, por esses motivos, demorei-me ao final, e a cada página que me aproximava do final, mais minguada ficava minha leitura, e conforme me aproximava do final, mais doloroso foi ficando. Mesmo assim a aventura foi uma experiência fantástica, muito embora dolorosa. O livro vale cada página.
Autor: Leonel Caldela
Editora: Jambô
ISBN: 8589134172
Ano: 2006
Nº De Págs.: 445
****
Para saber sobre o desafio literário nos outros meses e as outras resenhas do desafio, clique aqui
Para saber sobre o desafio literário nos outros meses e as outras resenhas do desafio, clique aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário